A contaminação chega ao Wii com um clima interessante, mas sofre com os bugs.
- Gráficos Nota 95
- Jogabilidade Nota 77
- Áudio Nota 80
- Diversão Nota 75
O gênero survival horror está cada vez mais difundido. Houve um tempo em que este nome era sinônimo de um game — pelo menos para boa parte dos jogadores — chamado Resident Evil. Mas nesta geração muita coisa mudou e até mesmo Resident Evil não é mais o mesmo: muitos simplesmente afirmam que o game não assusta mais. Mas e quem tomou seu lugar? Existem vários indicados, mas Dead Space certamente merece respeito.
O jogo da Electronic Arts causou muito alvoroço nos jogadores desta geração. Situado em pleno espaço sideral, o título colocava o gamer na pele de Isaac Clarke, um simples engenheiro que acabaria tendo que utilizar suas ferramentas como armas para se livrar de uma terrível infecção. Com uma atmosfera sombria, o jogador era completamente envolvido pelos ambientes do game e muitas vezes também era surpreendido pelas criaturas que surgiam por toda parte e só poderiam ser eliminadas com golpes estratégicos.
O sucesso foi gigantesco, e logo Dead Space se tornou reconhecido entre os fãs do gênero survival horror. Seguindo um caminho semelhante ao da Capcom, de Resident Evil, a companhia também decidiu investir no Wii. Coincidentemente, a série de terror também debutaria no console da Nintendo como um jogo no estilo “on rail shooter” (gênero famoso pelos fliperamas no qual o personagem se locomove automaticamente e dispara com periféricos, normalmente, com infravermelho).
Finalmente, o Baixaki Jogos pôs as mãos em Dead Space: Extraction. Mas será que a Electronic Arts conseguiu transferir toda a atmosfera que caracterizou a série para um jogo de estilo tão distinto? Veremos.
Bem, basicamente, se você é fã incondicional de Dead Space, não deve deixar de conferir este game. Primeiramente, Extraction não é um remake ou coisa qualquer feito para Wii, mas sim um título com uma história complementar, que contribui ainda mais para o universo da franquia. Novos personagens e
Sem dúvidas, a Electronic Arts soube como transpassar boa parte das características da versão original para Extraction. Você notará que muitos elementos do primeiro jogo retornaram — como as funções secundárias das armas, os itens, upgrades e muito mais. Alguns elementos de jogabilidade, como os recursos de telecinése, stasis e outros, também permanecem intactos, algo que deve agradar os fãs.
Mas, para se adaptar a este novo modelo, a Visceral Games, desenvolvedora do título, deve de realizar algumas alterações. As famosas bancadas, que eram utilizados pelo jogador para realizar aprimoramentos em seus equipamentos, foram deixadas de lado, assim como o inventário e a necessidade de abrir o menu para utilizar os itens.
Extraction também conta com um modo cooperativo para dois jogadores, desafios extras e até mesmo vídeos que ilustram a história do game. Falando em história, a desenvolvedora conseguiu manter o foco na trama, mesmo em um formato que pende para tiroteios incessantes.
Graficamente, o jogo é muito belo, com efeitos de iluminação de qualidade e modelos detalhados. Os ambientes também chamam a atenção pela sua beleza, e você encontrará muitos locais da versão original retratados de maneira fiel. As criaturas, obviamente, também receberam um carinho especial. O áudio é meio repetitivo, mas consegue transmitir o necessário.
Infelizmente, o jogo conta com alguns problemas que podem denegrir toda a experiência do jogador. Ataques melees (corpo-a-corpo) que fornecem invencibilidade ao jogador, problemas com a câmera e cutscenes bagunçadas são apenas alguns exemplos.
Dead Space: Extraction tinha tudo para ser uma excelente experiência, mas as peças não se encaixaram como deveriam. Sem dúvidas, o jogo introduz uma proposta de qualidade, entretanto, mal aplicada. Se você quiser se tiver com o game, ignorando os problemas, não terá muitas frustrações. E nem muitos sustos.
Do que gostamos
Valorizando o terror
Ao contrário de muitos jogos do gênero, Dead Space: Extraction simplesmente dá um show com sua trama. Se você está familiarizado com o universo da franquia, provavelmente sabe que a série conta com muito potencial narrativo — tanto que, atualmente, temos quadrinhos e até mesmo animações baseadas nos eventos.
Em Extraction, as coisas não são diferentes. Novamente, você é apresentado ao espaço sideral, quando mineradores descobrem um artefato alienígena misterioso que acaba desencadeando uma série de eventos. A colônia então se desfaz devido aos efeitos bizarros e quatro pessoas se unem para tentar evitar que a morte. Depois de fugir do planeta em que tudo aconteceu, os aliados migram para a (aparentemente) segura USG Ishimura — a espaçonave do primeiro jogo. A partir daí, você já deve imaginar que tudo piora.
O bacana de Extraction é que, assim como no primeiro jogo, existem vários elementos, que podem ser encontrados durante o jogo, capazes de fornecer informações complementares para a trama. Diários em áudio e até mesmo vídeos em tempo real são exibidos durante sua jornada, alimentando a imersão do título. Não existem subtítulos nos diálogos, então é bom aumentar bastante o volume para entender melhor e levar sustos ainda mais constrangedores.
Não atire na cabeça
Mas, felizmente, o título também conta com momentos de ação intensa, e atirar não é um problema — a não ser que você esteja tremendo de medo. O jogador utiliza o Wii Remote para mirar na tela e atirar, através do botão B. Para obter itens e acionar portas, basta desfrutar de telecinése com o botão A. Do lado do Nunchuk, o analógico seleciona as armas — lembrando que a movimentação é automática — enquanto o Z carrega e o C dispara o stasis.
Além de saber qual a função de cada botão, é necessário lembrar-se de outra informação importante: headshots (os famosos tiros na cabeça) não significam mortes instantâneas. Assim como na versão original, você terá de desmembrar seus inimigos para finalizá-los. Ou seja, nada de tiros desesperados. Mantenha a calma e mire nas articulações.
Para facilitar o trabalho, as armas oferecem opções secundárias. Cada um de seus brinquedinhos contará com um tipo extra de disparo, que normalmente é mais forte e consome mais munição. Algumas armas lançam pregos enquanto outras se tornam verdadeiras escopetas.
Quanto ao seu arsenal, você terá acesso a boa parte das armas do primeiro jogo, como o lança chamas, a arma de lâminas giratórias — muito bem utilizada, por sinal — e a Line Gun. Há também uma nova pistola padrão, que conta com munição infinita.
Outro fato que chama a atenção como novidade em Extraction é o sistema de recarregamento. Desta vez, a desenvolvedora inseriu um sistema de “Active Reload”, no qual o jogador pode recarregar sua arma mais rapidamente ao pressionar novamente o comando em uma pequena área do círculo que exibe o progresso. Um sistema similar a Gears of War.
Entrando no clima
Boa parte da atmosfera do primeiro game foi mantida nesta versão. Jogadores podem se assustar a qualquer momento, e muitas vezes se surpreenderão com os eventos que ocorrem durante a jornada. Para reforçar as raízes, Extraction também oferece elementos característicos da primeira versão, como a possibilidade de utilizar o já mencionado stasis (que congela o oponente por um curto período de tempo) e as seções de gravidade zero.
Vale mencionar que quando não há gravidade, o jogador também se sente isolado, assim como em Dead Space. Para se locomover, você deve encontrar os pontos específicos espalhados pelo ambiente e pressionar o botão A. Este é um dos únicos momentos em que o jogador tem a chance de controlar seu personagem, assim como em etapas em que é possível olhar para os lados por um curto período de tempo.
Parceiros
Um dos fatores mais chamativos de Extraction é o modo cooperativo. Um segundo player pode entrar no game a qualquer momento, basta pressionar o botão “+”. Com isso, duas miras surgem na tela, diferenciadas pelas cores azul e amarelo. Os companheiros passam então a compartilhar os itens adquiridos e a própria vida, e também têm de resolver alguns quebra-cabeças em conjunto.
Sem dúvidas, um modo que alimenta a diversão do game. Os jogadores podem bolar táticas para eliminar inimigos mais difíceis e até mesmo para adquirir itens, como os upgrades, que agora são feitos em tempo real no momento em que o gamer captura o item.
Visualmente aterrorizante
Dead Space é reconhecido também pelo seu incrível visual, rico em detalhes e de qualidade absoluta. No Nintendo Wii, as coisas não são diferentes. A Visceral Games conseguiu criar um jogo com gráficos bem feitos, que pode ser considerado um dos mais bonitos do console. A qualidade da iluminação já é explícita no início do game, quando o jogador está saindo do planeta. As texturas do game também não decepcionam, basta olhar para os monstrengos para confirmar.
Extras e mais extras
Fora tudo isto, o jogo ainda oferece um modo com diversos desafios. Depois de completar o jogo, que conta com 10 capítulos, com cerca de 40 minutos de duração cada, você tem a chance de encarar desafios ainda mais intensos. Neste modo o jogador encontra algumas seções do jogo infestadas com mais inimigos e deve eliminar várias hordas em um tempo limite.
Há também os vídeos que exibem um pouco mais da história de Extraction. Sem dúvidas, um presentão para os fãs, que podem se aprofundar ainda mais no universo de Dead Space e descobrir fatos inéditos. As cenas contam com um apelo artístico e são completamente dubladas (em inglês).
O Grande Bug do Ataque Melee
Dead Space: Extraction conta com uma proposta boa, um universo muito interessante e uma trama bem elaborada. Mas, infelizmente, a desenvolvedora pisou na bola em alguns elementos da jogabilidade. O maior deles é “O Grande Bug do Ataque Melee”, termo cunhado carinhosamente pela equipe do Baixaki Jogos. Já imaginou ser invencível sem inserir qualquer tipo de trapaça? Em Extraction, isto é possível.
Bem, ainda não mencionamos, mas ao sacudir o Nunchuk, seu personagem desfere um ataque melee. Até aí, tudo bem, pois às vezes as coisas podem apertar e esta será sua única saída. Mas, o grande problema é que este ataque é extremamente ágil e anula qualquer golpe inimigo — com exceção de alguns poucos casos. E ainda: enquanto você sacode o Nunchuk, é possível atirar e recarregar sem nenhum problema. Sendo assim, por que parar de usar o melee?
Sim, basicamente, você se torna (quase) invencível. Isto acaba com toda a graça e atmosfera do game. Toda, mesmo. Em nossos testes, resolvemos jogar o modo cooperativo. Mas, um dos jogadores ficava com os dois Nunchuks nas mãos, sacudindo-os, enquanto o outro ficava com duas armas (Wii Remotes) atirando nos oponentes. Nenhum inimigo conseguiu ao menos danificar o protagonista.
Obviamente, tudo isto pode ser ignorado, e o jogador pode tentar levar o jogo a sério. Entretanto, quando há uma saída fácil para os problemas, dificilmente deixamos ela de lado.
É festa no espaço
“Estamos quase morrendo, temos que sair daqui!”, diz um de seus aliados enquanto você lança sem parar a telecinése em sua cara e atira para todos os lados.
Uma cena como a citada acima é algo normal em Extraction, mas que não deveria ser. Durante as cenas em que você deveria parar de atirar (ou fazer qualquer outra coisa), o jogador pode simplesmente bagunçar toda a cena e desvirtuar todo o suspense para a comédia. Não há qualquer trava de movimentos na maioria das ocasiões.
O pior de tudo é quando você encontra inimigos durante estas cenas “bagunçadas”. Ao contrário do que se pode imaginar, não é possível atirar rapidamente em um ato heróico para acabar com os terríveis monstrengos. Você pode até acertar seu oponente, mas não haverá qualquer resultado. A batalha parece se limitar a determinados momentos.
Algumas vezes, os monstros ainda surgem em locais em que não é possível atingi-los. Como se não bastasse, os inimigos se revezam para atacar. Quando estiver jogando sozinho, notará que somente um dos oponentes irá lhe atacar, enquanto o outro fica aguardando sua vez. Algo que, sem dúvidas, não deveria acontecer, mesmo no modo convencional de dificuldade.
Faltou profundidade
Certamente, os jogos “on rail” ainda contam com algumas limitações. Em Extraction, a principal delas é a falta de imersão, algo que caracterizou o primeiro jogo. Aqui, você não pode se locomover para onde desejar, e então explorar locais e, eventualmente, se surpreender. Tudo é automático, e isto interfere no ritmo do game.
Além disso, a ausência das bancadas e do inventário, que obrigava o jogador a tomar ações rápidas por ser em tempo real, também decepcionam. Outro fator negativo é o excesso de informações nas miras. Você notará que os retículos indicam a quantidade de munição, a arma e o disparo que está sendo utilizado (primário ou secundário). Isto realmente atrapalha, principalmente quando o assunto é multiplayer.
Até mesmo a brutalidade deixou a desejar, se compararmos com o primeiro jogo. Não há mais tanto sangue como na primeira versão, e há um exagero imenso quando temos pedaços de alienígenas voando pela tela.
Dead Space: Extraction é um jogo bom para seu gênero, que merece respeito pela tentativa de inserir um universo tão complexo — proveniente de um game respeitado pela crítica — em tal formato. O jogo não faz feio, no geral, mas seus erros podem denegrir definitivamente a experiência. Um game que deve ser jogado pelos fãs e jogadores que não desejam abusar dos erros, mas que não deve ser comparado com o original.
fonte. http://www.baixakijogos.com.br/wii/dead-space-extraction/analise
O jogo da Electronic Arts causou muito alvoroço nos jogadores desta geração. Situado em pleno espaço sideral, o título colocava o gamer na pele de Isaac Clarke, um simples engenheiro que acabaria tendo que utilizar suas ferramentas como armas para se livrar de uma terrível infecção. Com uma atmosfera sombria, o jogador era completamente envolvido pelos ambientes do game e muitas vezes também era surpreendido pelas criaturas que surgiam por toda parte e só poderiam ser eliminadas com golpes estratégicos.
O sucesso foi gigantesco, e logo Dead Space se tornou reconhecido entre os fãs do gênero survival horror. Seguindo um caminho semelhante ao da Capcom, de Resident Evil, a companhia também decidiu investir no Wii. Coincidentemente, a série de terror também debutaria no console da Nintendo como um jogo no estilo “on rail shooter” (gênero famoso pelos fliperamas no qual o personagem se locomove automaticamente e dispara com periféricos, normalmente, com infravermelho).
Finalmente, o Baixaki Jogos pôs as mãos em Dead Space: Extraction. Mas será que a Electronic Arts conseguiu transferir toda a atmosfera que caracterizou a série para um jogo de estilo tão distinto? Veremos.
Bem, basicamente, se você é fã incondicional de Dead Space, não deve deixar de conferir este game. Primeiramente, Extraction não é um remake ou coisa qualquer feito para Wii, mas sim um título com uma história complementar, que contribui ainda mais para o universo da franquia. Novos personagens e
Sem dúvidas, a Electronic Arts soube como transpassar boa parte das características da versão original para Extraction. Você notará que muitos elementos do primeiro jogo retornaram — como as funções secundárias das armas, os itens, upgrades e muito mais. Alguns elementos de jogabilidade, como os recursos de telecinése, stasis e outros, também permanecem intactos, algo que deve agradar os fãs.
Mas, para se adaptar a este novo modelo, a Visceral Games, desenvolvedora do título, deve de realizar algumas alterações. As famosas bancadas, que eram utilizados pelo jogador para realizar aprimoramentos em seus equipamentos, foram deixadas de lado, assim como o inventário e a necessidade de abrir o menu para utilizar os itens.
Extraction também conta com um modo cooperativo para dois jogadores, desafios extras e até mesmo vídeos que ilustram a história do game. Falando em história, a desenvolvedora conseguiu manter o foco na trama, mesmo em um formato que pende para tiroteios incessantes.
Graficamente, o jogo é muito belo, com efeitos de iluminação de qualidade e modelos detalhados. Os ambientes também chamam a atenção pela sua beleza, e você encontrará muitos locais da versão original retratados de maneira fiel. As criaturas, obviamente, também receberam um carinho especial. O áudio é meio repetitivo, mas consegue transmitir o necessário.
Infelizmente, o jogo conta com alguns problemas que podem denegrir toda a experiência do jogador. Ataques melees (corpo-a-corpo) que fornecem invencibilidade ao jogador, problemas com a câmera e cutscenes bagunçadas são apenas alguns exemplos.
Dead Space: Extraction tinha tudo para ser uma excelente experiência, mas as peças não se encaixaram como deveriam. Sem dúvidas, o jogo introduz uma proposta de qualidade, entretanto, mal aplicada. Se você quiser se tiver com o game, ignorando os problemas, não terá muitas frustrações. E nem muitos sustos.
Aprovado
Do que gostamos
Valorizando o terror
Ao contrário de muitos jogos do gênero, Dead Space: Extraction simplesmente dá um show com sua trama. Se você está familiarizado com o universo da franquia, provavelmente sabe que a série conta com muito potencial narrativo — tanto que, atualmente, temos quadrinhos e até mesmo animações baseadas nos eventos.
Em Extraction, as coisas não são diferentes. Novamente, você é apresentado ao espaço sideral, quando mineradores descobrem um artefato alienígena misterioso que acaba desencadeando uma série de eventos. A colônia então se desfaz devido aos efeitos bizarros e quatro pessoas se unem para tentar evitar que a morte. Depois de fugir do planeta em que tudo aconteceu, os aliados migram para a (aparentemente) segura USG Ishimura — a espaçonave do primeiro jogo. A partir daí, você já deve imaginar que tudo piora.
O bacana de Extraction é que, assim como no primeiro jogo, existem vários elementos, que podem ser encontrados durante o jogo, capazes de fornecer informações complementares para a trama. Diários em áudio e até mesmo vídeos em tempo real são exibidos durante sua jornada, alimentando a imersão do título. Não existem subtítulos nos diálogos, então é bom aumentar bastante o volume para entender melhor e levar sustos ainda mais constrangedores.
Não atire na cabeça
Mas, felizmente, o título também conta com momentos de ação intensa, e atirar não é um problema — a não ser que você esteja tremendo de medo. O jogador utiliza o Wii Remote para mirar na tela e atirar, através do botão B. Para obter itens e acionar portas, basta desfrutar de telecinése com o botão A. Do lado do Nunchuk, o analógico seleciona as armas — lembrando que a movimentação é automática — enquanto o Z carrega e o C dispara o stasis.
Além de saber qual a função de cada botão, é necessário lembrar-se de outra informação importante: headshots (os famosos tiros na cabeça) não significam mortes instantâneas. Assim como na versão original, você terá de desmembrar seus inimigos para finalizá-los. Ou seja, nada de tiros desesperados. Mantenha a calma e mire nas articulações.
Para facilitar o trabalho, as armas oferecem opções secundárias. Cada um de seus brinquedinhos contará com um tipo extra de disparo, que normalmente é mais forte e consome mais munição. Algumas armas lançam pregos enquanto outras se tornam verdadeiras escopetas.
Quanto ao seu arsenal, você terá acesso a boa parte das armas do primeiro jogo, como o lança chamas, a arma de lâminas giratórias — muito bem utilizada, por sinal — e a Line Gun. Há também uma nova pistola padrão, que conta com munição infinita.
Outro fato que chama a atenção como novidade em Extraction é o sistema de recarregamento. Desta vez, a desenvolvedora inseriu um sistema de “Active Reload”, no qual o jogador pode recarregar sua arma mais rapidamente ao pressionar novamente o comando em uma pequena área do círculo que exibe o progresso. Um sistema similar a Gears of War.
Entrando no clima
Boa parte da atmosfera do primeiro game foi mantida nesta versão. Jogadores podem se assustar a qualquer momento, e muitas vezes se surpreenderão com os eventos que ocorrem durante a jornada. Para reforçar as raízes, Extraction também oferece elementos característicos da primeira versão, como a possibilidade de utilizar o já mencionado stasis (que congela o oponente por um curto período de tempo) e as seções de gravidade zero.
Vale mencionar que quando não há gravidade, o jogador também se sente isolado, assim como em Dead Space. Para se locomover, você deve encontrar os pontos específicos espalhados pelo ambiente e pressionar o botão A. Este é um dos únicos momentos em que o jogador tem a chance de controlar seu personagem, assim como em etapas em que é possível olhar para os lados por um curto período de tempo.
Parceiros
Um dos fatores mais chamativos de Extraction é o modo cooperativo. Um segundo player pode entrar no game a qualquer momento, basta pressionar o botão “+”. Com isso, duas miras surgem na tela, diferenciadas pelas cores azul e amarelo. Os companheiros passam então a compartilhar os itens adquiridos e a própria vida, e também têm de resolver alguns quebra-cabeças em conjunto.
Sem dúvidas, um modo que alimenta a diversão do game. Os jogadores podem bolar táticas para eliminar inimigos mais difíceis e até mesmo para adquirir itens, como os upgrades, que agora são feitos em tempo real no momento em que o gamer captura o item.
Visualmente aterrorizante
Dead Space é reconhecido também pelo seu incrível visual, rico em detalhes e de qualidade absoluta. No Nintendo Wii, as coisas não são diferentes. A Visceral Games conseguiu criar um jogo com gráficos bem feitos, que pode ser considerado um dos mais bonitos do console. A qualidade da iluminação já é explícita no início do game, quando o jogador está saindo do planeta. As texturas do game também não decepcionam, basta olhar para os monstrengos para confirmar.
Extras e mais extras
Fora tudo isto, o jogo ainda oferece um modo com diversos desafios. Depois de completar o jogo, que conta com 10 capítulos, com cerca de 40 minutos de duração cada, você tem a chance de encarar desafios ainda mais intensos. Neste modo o jogador encontra algumas seções do jogo infestadas com mais inimigos e deve eliminar várias hordas em um tempo limite.
Há também os vídeos que exibem um pouco mais da história de Extraction. Sem dúvidas, um presentão para os fãs, que podem se aprofundar ainda mais no universo de Dead Space e descobrir fatos inéditos. As cenas contam com um apelo artístico e são completamente dubladas (em inglês).
Reprovado
O que espantou o Baixaki Jogos... No mau sentido
O Grande Bug do Ataque Melee
Dead Space: Extraction conta com uma proposta boa, um universo muito interessante e uma trama bem elaborada. Mas, infelizmente, a desenvolvedora pisou na bola em alguns elementos da jogabilidade. O maior deles é “O Grande Bug do Ataque Melee”, termo cunhado carinhosamente pela equipe do Baixaki Jogos. Já imaginou ser invencível sem inserir qualquer tipo de trapaça? Em Extraction, isto é possível.
Bem, ainda não mencionamos, mas ao sacudir o Nunchuk, seu personagem desfere um ataque melee. Até aí, tudo bem, pois às vezes as coisas podem apertar e esta será sua única saída. Mas, o grande problema é que este ataque é extremamente ágil e anula qualquer golpe inimigo — com exceção de alguns poucos casos. E ainda: enquanto você sacode o Nunchuk, é possível atirar e recarregar sem nenhum problema. Sendo assim, por que parar de usar o melee?
Sim, basicamente, você se torna (quase) invencível. Isto acaba com toda a graça e atmosfera do game. Toda, mesmo. Em nossos testes, resolvemos jogar o modo cooperativo. Mas, um dos jogadores ficava com os dois Nunchuks nas mãos, sacudindo-os, enquanto o outro ficava com duas armas (Wii Remotes) atirando nos oponentes. Nenhum inimigo conseguiu ao menos danificar o protagonista.
Obviamente, tudo isto pode ser ignorado, e o jogador pode tentar levar o jogo a sério. Entretanto, quando há uma saída fácil para os problemas, dificilmente deixamos ela de lado.
É festa no espaço
“Estamos quase morrendo, temos que sair daqui!”, diz um de seus aliados enquanto você lança sem parar a telecinése em sua cara e atira para todos os lados.
Uma cena como a citada acima é algo normal em Extraction, mas que não deveria ser. Durante as cenas em que você deveria parar de atirar (ou fazer qualquer outra coisa), o jogador pode simplesmente bagunçar toda a cena e desvirtuar todo o suspense para a comédia. Não há qualquer trava de movimentos na maioria das ocasiões.
O pior de tudo é quando você encontra inimigos durante estas cenas “bagunçadas”. Ao contrário do que se pode imaginar, não é possível atirar rapidamente em um ato heróico para acabar com os terríveis monstrengos. Você pode até acertar seu oponente, mas não haverá qualquer resultado. A batalha parece se limitar a determinados momentos.
Algumas vezes, os monstros ainda surgem em locais em que não é possível atingi-los. Como se não bastasse, os inimigos se revezam para atacar. Quando estiver jogando sozinho, notará que somente um dos oponentes irá lhe atacar, enquanto o outro fica aguardando sua vez. Algo que, sem dúvidas, não deveria acontecer, mesmo no modo convencional de dificuldade.
Faltou profundidade
Certamente, os jogos “on rail” ainda contam com algumas limitações. Em Extraction, a principal delas é a falta de imersão, algo que caracterizou o primeiro jogo. Aqui, você não pode se locomover para onde desejar, e então explorar locais e, eventualmente, se surpreender. Tudo é automático, e isto interfere no ritmo do game.
Além disso, a ausência das bancadas e do inventário, que obrigava o jogador a tomar ações rápidas por ser em tempo real, também decepcionam. Outro fator negativo é o excesso de informações nas miras. Você notará que os retículos indicam a quantidade de munição, a arma e o disparo que está sendo utilizado (primário ou secundário). Isto realmente atrapalha, principalmente quando o assunto é multiplayer.
Até mesmo a brutalidade deixou a desejar, se compararmos com o primeiro jogo. Não há mais tanto sangue como na primeira versão, e há um exagero imenso quando temos pedaços de alienígenas voando pela tela.
Avaliação Final
Vale a pena?
Dead Space: Extraction é um jogo bom para seu gênero, que merece respeito pela tentativa de inserir um universo tão complexo — proveniente de um game respeitado pela crítica — em tal formato. O jogo não faz feio, no geral, mas seus erros podem denegrir definitivamente a experiência. Um game que deve ser jogado pelos fãs e jogadores que não desejam abusar dos erros, mas que não deve ser comparado com o original.
fonte. http://www.baixakijogos.com.br/wii/dead-space-extraction/analise
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