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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Crackdown 2



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O mesmo agente, a mesma cidade, os mesmos erros... Só que agora com zumbis!

Após três longos anos de espera, assim que você colocar a sua cópia de Crackdown 2 no console e adentrar Pacific City, naturalmente vai brotar a pergunta: “será que eu coloquei o disco errado?”. Isso porque Crackdown 2 é virtualmente idêntico ao seu antecessor: a cidade é a mesma, o seu agente sem nome é o mesmo, a falta de uma história se mantém e, o que é ainda pior, as escorregadas também são as mesmas.

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Mas não entenda mal. Isso não é propriamente ruim. Quer dizer, atravessar uma Pacific City (ainda mais) arruinada para coletar orbes e instaurar o caos continua sendo tremendamente divertido — sobretudo graças à expansão do modo cooperativo, agora com suporte para até quatro jogadores simultâneos. O problema é que nada realmente digno de nota é capaz de dar autonomia ao título, que se parece com um enorme conteúdo para download.

Não que a Ruffian Games não tenha sido particularmente bem sucedida em transformar Pacific City em um lugar ainda menos convidativo. Em lugar das gangues em batalhas perpétuas pelas ruas, apenas três forças principais dividem o cenário aqui: a sua fiel e perseverante Agency, uma organização terrorista que atende por Cell e, finalmente,... Zumbis!

Img_originalBasicamente, um misterioso vírus se espalhou pela cidade criando toda uma turba de aberrações genéticas — morlocs, na falta de uma definição melhor. Contudo, as criaturas ocupam as paisagens da cidade apenas à noite, já que sofrem combustão instantânea na presença do Sol.

Em outras palavras, a situação agora é mais ou menos a seguinte: durante a noite, hordas de párias geneticamente alteradas ocupam as ruas e destroem o pouco que conseguiu vir inteiro do primeiro jogo — as construções e ruas estão de fato muito mais depredadas. De dia, os terroristas do Cell — sem nenhum motivo muito razoável — destroem o que sobrou. No meio disso tudo, alguns milhares de cidadãos perambulantes e o seu agente geneticamente modificado correndo desesperadamente atrás de orbes.

Aprovado

De telhado em telhado

Encarnar um sujeito com superpoderes em uma cidade apinhada de terroristas e zumbis pode não ser a trama mais brilhante e original que você já viu. Mas nem por isso deixa de ser divertida. Assim como no primeiro jogo, você poderá saltar entre arranha-céus, disparar contra tudo o que se mexer e, finalmente, dirigir feito um doido pelas ruas arruinadas de Pacific City — sem nenhum motivo em particular.

Em outras palavras, a exploração do cenário mantém-se como um dos pontos mais divertido em Crackdown 2. Embora seja basicamente a mesma cidade e o mesmo agente genérico, disparar mísseis teleguiados, arremessar carros e saltar pelos céus como um esquilo-voador ainda pode ser muito revigorante; mesmo que a história — assim como no primeiro jogo — permaneça como um elemento coadjuvante.

Itens de colecionador

Então você jogava o primeiro Crackdown principalmente para coletar orbes e saltar mais alto? Tudo bem, não precisa ficar vermelho. Boa parte dos jogadores fazia exatamente isso. E será também esse objetivo que vai embalar a maior parte das horas de jogo em Crackdown 2, pode ter certeza.

Img_originalE isso ocorre por dois motivos. Primeiro, porque se você não coletar orbes que melhorem o condicionamento físico do seu superagente, a coisa tende a ficar cada vez mais difícil, já que os seus algozes tornam-se cada vez mais persistentes e numerosos conforme o jogo progride. Segundo... Porque alcançar orbes em locais complicados, ou sair perseguindo um globo fujão — uma das poucas coisas inéditas aqui — é simples e tremendamente divertido!

Além das tradicionais orbes verdes em locais de difícil acesso, você também poderá coletar orbes azuis (normalmente muito bem escondidas e melhor detectadas pelo som), orbes da Xbox Live (disponíveis apenas quando se joga online, naturalmente) e os clássicos “audio logs” — que são os elementos mais próximos de uma história que você vai encontrar em Crackdown 2.

Playground multiplayer

Transformar Pacific City em uma praça de guerra particular para você e mais alguns amigos pode gerar alguns dos momentos mais divertidos, extremos e/ou engraçados que se pode presenciar em Crackdown 2. E isso ficou ainda mais interessante com o novo suporte para quatro jogadores simultâneos no modo cooperativo.

Basicamente, você e mais três superagentes-genéricos podem se encontrar na mesma Pacific City para executar missões em parceria... Ou simplesmente para partir cada um para um lado coletando o maior número de orbes possível — destruindo assim o que sobrou da cidade.

E, é claro, também existem os modos multiplayer de jogador contra jogador. Até 16 jogadores podem se digladiar em três modos distintos: deathmatch, team deathmatch e rocket tag. Embora não representem isoladamente nada que de fato surpreenda muito, travar batalhas através dos mapas exclusivos de Crackdown 2 (superlotados de rampas para saltar e power-ups) tem seu charme — assim como caçar um único personagem munido apenas com um lançador de mísseis em rocket tag.

Arsenal revigorado

Uma das novidades mais evidente em Crackdown 2 é o novo arsenal reformulado que é disponibilizado pela sua fiel Agency. Para destroçar zumbis-mutantes, nada melhor que a nova arma de raios ultravioleta. Já com a granada mag, um explosivo de detonação remota que se adere aos objetos e que pode ser utilizado de uma infinidade de formas, a sua criatividade é o único limite — é possível criar um mangual feito com um poste e um carro ou mesmo um estilingue gigantesco.

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No mais, o novo helicóptero é um recurso interessante para alcançar as orbes mais difíceis, e o novo tanque de guerra... Bem, é um tanque de guerra! Já a wingsuit proporciona algumas belas perspectivas de Pacific City, conforme o seu agente plana como um esquilo-voador entre os prédios.

Reprovado

Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar...

Img_originalCrackdown possui bugs. Uma infinidade deles. Alguns são realmente hilários, principalmente aqueles proporcionados pela sofrível I.A. (inteligência artificial) do jogo. Experimente, por exemplo, acompanhar os movimentos dos civis espalhados pela cidade. Além de não diferenciarem o asfalto da calçada — o que frequentemente desemboca em ocorrências funestas —, eles têm o estranho costume de fazer ciranda quando se agrupam em mais de três. Sim, é sério.

Uma cidade de paredes e buracos genéricos

Isso sim salta à vista. Se os gráficos “meia boca” até passavam quando o primeiro Crackdown foi lançado — o que era compensado pelo fato de ser o primeiro jogo de mundo aberto para a atual geração —, as mesmas texturas falhas (ou simplesmente inexistentes) são completamente inadmissíveis a essa altura do campeonato, certo?

Aliás, os equívocos gráficos podem até mesmo custar a você um ou dois clones de vez em quanto. Isso porque identificar beirais e plataformas em que o seu agente pode ou não se agarrar normalmente implica um esquema de tentativa e erro. É pagar para ver. Além do que, alguns elementos de cenários são simplesmente “feios que doem”.

Qual era mesmo a história?

Cá entre nós, a trama do primeiro Crackdown era completamente coadjuvante. Não que a ideia de um futuro inóspito recheado de guerras entre gangues e agentes geneticamente modificados não chamasse alguma atenção. O problema é que isso quase nunca se cruzava com as missões tremendamente genéricas do modo campanha. Quer saber como as coisas ficaram em Crackdown? É só reler o trecho acima... Incluindo zumbis!

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Cuidado para não acertar o próprio pé!

O sistema de mira é mais um dos detalhes de Crackdown 2 com grande potencial para tragédias. A falta de precisão é realmente notável, mesmo com o travamento, e não será incomum que, embora seja alvejado à queima-roupa, o seu desastrado agente resolva que é melhor acertar o terrorista do outro lado da rua. Trágico.

Bem-vindo ao primeiro Crackdown... De novo

Salvo por algumas construções depredadas e por alguns ninhos de aberrações, Pacific City é basicamente a mesma cidade do primeiro jogo. A sensação que se tem é que, em algum momento do modo campanha do primeiro jogo, os mutantes-zumbis invadiram o cenário. No mais, são os mesmos prédios, as mesmas ruas, os mesmos escorregões gráficos.

Vale a pena?

A decisão aqui é razoavelmente simples. Se você jogou o primeiro Crackdown, se divertiu transformando todo o cenário em uma praça de guerra e saltando entre prédios e gostaria de mais uma boa dose disso, pode ser uma boa ideia tentar a sorte em uma versão ainda mais caótica de Pacific City. Os novos modos multiplayer também tem seu peso — sobretudo o modo cooperativo para quatro jogadores.

Agora, se você é fã de jogos sandbox de forma geral, é melhor pensar duas vezes. Um dos maiores chamarizes do primeiro Crackdown era o fato de o título ter sido o primeiro jogo de mundo aberto produzido para a atual geração de games. Só que hoje nós vivemos em um mundo pós-GTA IV, certo? Em outras palavras, visitar a mesma Pacific City pode não ser a melhor coisa a fazer com o seu dinheiro atualmente.



fonte. http://www.baixakijogos.com.br/xbox-360/crackdown-2/analise



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