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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rayman Raving Rabbids

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Um Rayman contra milhões de coelhos raivosos.


  • Gráficos Nota 80
  • Jogabilidade Nota 80
  • Áudio Nota 83
  • Diversão Nota 88
Com uma proposta totalmente diferentes dos seus antecessores, Rayman Raving Rabbids vem para demonstrar não só as funcionalidades diversas do console e o controle da Nintendo, assim como cativar novos e, talvez, velhos gamers. Com um caráter totalmente descontraído, às vezes até demais, o jogo proporciona bons momentos de diversão, seja para grupos de amigos, seja para crianças. Surgido em 1992 para o gênero plataforma 2D, ele fez muito sucesso para PSX, sempre em aventuras descompromissado com ambientes coloridos e alegres.

Para quem não sabe, Rayman é uma feliz criatura bípede, desprovida de boca e nem um pouco ameaçadora, que vive em um tranqüilo mundo eventualmente perturbado por ameaças inusitadas. Desta vez o planeta será ameaçado por legiões de coelhos sedentos por sangue de Rayman, em uma arena onde esses sádicos bichos se divertem com o sofrimento alheio.

Um piquenique inesquecível

A abertura do jogo por si só já é capaz de afastar os mais exigentes e sisudos. O protagonista está em um belo parque, florido e colorido fazendo um piquenique com seus amiguinhos azuis Globox até que eles são raptados e substituídos por “ameaçadores” coelhos de olhos vermelhos (os raving rabbids do título). Rayman, como todo bom anfitrião e nas melhores das intenções, continua oferecendo comida ingenuamente para seus novos amigos até que um monstrengo o captura por trás e o leva para uma arena onde irá servir de entretenimento para uma platéia de coelhos ensandecida.

Tudo isso transcorre em pouco tempo, levando o jogador rapidamente à ação. Nesta arena, o acesso aos mais 70 mini-games serão feitos de 4 em 4 partidas, finalizadas com um desafio especial, geralmente uma corrida em que Rayman está montado em grandes bichos que lembram rinocerontes ou em combates em tiro em primeira pessoa — um dos modos mais interessantes disponíveis.


No início, a ação é empolgante. Uma das missões mais comuns é dançar sob ritmos variados e bacanas, indo desde composições de surf music como Misirlou (Dick Dale) até outras de discoteca, como Good Times do grupo dos anos 70 CHIC (aliás, a levada do baixo desta música foi usada pelo Gabriel Pensador em sua música 2345meia78). A mecânica lembra um pouco Dance Dance Revolution, onde o jogador deve pressionar os controles numa sequências pré-determinada de comandos. Após o cumprimento dessas 4 missões, o jogador vai para o portão central onde terá que enfrentar desafios um pouco mais compridos.

Quando o jogo é em primeira pessoa, Rayman percorre caminhos pré-determinados, sendo que o wii-mote controla a mira e faz os disparos enquanto a mão esquerda recarrega e agarra os coelhos à distância, permitindo que sejam atirados, derrubando filas de inimigos. Até mesmo os famigerados headshots estão presentes, alegrando fãs de unreal tournamente e counter strike. Tudo bem, para ser franco a jogabilidade não é tão desafiadora e complicada como nos shooters tradicionais pois, armado com um desentupidor de pia, Rayman consegue derrubar pilhas e mais pilhas de inimigos com facilidade, distanciando-se assim de qualquer elemento tático. A munição é infinita e a mira é bem fácil de ser posicionado, graças a precisão do wii-mote.


Outros jogos conseguem explorar de maneira bastante elementar a coordenação do jogador, por exemplo, no momento em que riscos devem ser feitos na tela sobre um esboço que sugere um alimento a ser devorado por um coelhinho em um jantar à luz de velas. Para exercitar a memória, existe outro em o jogador deve repetir a seqüência de sons estranhos produzidas por um desafinado quinteto de coelhos. Neste último caso, é uma pena que uma proposta musical não tenha sido escolhida, já que melodias são bem mais agradáveis e educativas do que grunhidos sem nexo. Fica aqui registrado, contudo, uma dica aos pais: o jogo reserva algum treino de coordenação, memória e até mesmo um exercício físico bem leve para as crianças, sendo uma boa pedida especialmente para aquelas mais preguiçosas.

No jogo em que Rayman deve entregar um presente antes que o mesmo exploda, os dois controles do wii, o Nunchuk e o wii-mote, devem ser chacoalhados alternadamente na vertical, obrigando um razoável exercício do corpo. Para uma melhor performance, sugiro que o jogador se posicione em pé e tome cuidado com móveis e pessoas passando por perto, já que no mini-jogo de arremessos de vacas (algo similar ao esporte de arremesso de martelos), o controle deve ser rodopiado no ar velozmente, oferecendo algum perigo nas imediações do jogador.


Infelizmente, alguns dos jogos não possuem um controle adequado. Nos de dança, é frutrante observar que o controle visual é mais importante do que a referência auditiva, ou seja, o jogador deve ficar atento quando os coelhos passam em cima do local indicado, em vez de ter como base o ritmo da música. Existem relatos de que se trata realmente de um defeito incontornável do jogo, sendo que é impossível conseguir movimentos perfeitos em todas as músicas. Existe outro minigame em que o objetivo é a tolice de fechar as portas do banheiro dos coelhos. Não bastando a idéia boba, é difícil fazer com que as portas laterais das extremidades se fechem. Sendo assim, o jogador fatalmente cairá na tentativa e erro, valendo mais a sorte do que a habilidade.

Gráfico além da expectativa

Logo após terem sido divulgadas as especificações técnicas sobre os novos consoles de sétima geração, muita gente começou a se preocupar com a qualidade gráfica do sistema da Nintendo, já que seu hardware estava muito atrás dos concorrentes da Sony e da Microsoft. Apesar disso, Rayman Raving Rabbids mostrou texturas com bordas suaves e um visual bastante satisfatório. Tudo bem que jogos no estilo desenho animado exigem bem menos dos processadores do outros em que faces de pessoas e edifícios devem ser reproduzidos de maneira realista, mas isso não tira o mérito da desenvolvedora Ubisoft em ter conseguido atingir um bom resultado. O único momento em que falhas ou diminuição no número de quadros é na arena, quando inúmeros coelhos brancos acenam para Rayman. Mesmo assim, isso não é nada que atrapalhe a jogabilidade.

Músicas variadas

A qualidade dos efeitos sonoros é apenas razoável, tornando-se irritante às vezes os gritinhos repetitivos dos coelhos e os grunhidos de Rayman, já que nenhum deles fala algo coerente, somente . A trilha sonora, entretanto, é muito boa. As músicas do minigame de dança são empolgantes, indo desde rock pesado, discoteca e techno. Nos outros joguinhos, a trilha ambienta muito bem o que o contexto requer. Se o jogo se passa em um cemitério, uma música divertidamente horripilante posiciona o jogador como se estivesse em um desenho animado de terror, se o cenário é uma caverna, algo mais misterioso e exótico passar a soar.

Apenas uma amostra do potencial do Wii

Rayman Raving Rabbids é um jogo a ser considerado pelos recém-compradores do Wii. Sua proposta é ensinar e familiarizar o jogador com os novos controles do videogame. Deve-se ter em conta que este não é um jogo título sério e sim apenas um divertimento ocasional, para momentos de diversão em grupo. Desse modo, as partidas com amigos acabam adquirindo uma importância maior, permitindo boas horas de diversão. A tendência do jogo, infelizmente, é cair no esquecimento, principalmente entre aqueles que gostam de propostas mais envolventes e intrigantes.

fonte.http://www.baixakijogos.com.br/wii/rayman-raving-rabbids/analise




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