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sábado, 15 de janeiro de 2011

Split Second

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Prepare-se para o reality show mais explosivo de todos os tempos

  • Gráficos Nota 85
  • Jogabilidade Nota 85
  • Áudio Nota 8
  • Diversão Nota 10

Img_originalFantástico. Em cada sentido possível que a palavra pode significar. Excelente, absurdo, irreal. Tudo isso faz parte de Split/Second, mas, ironicamente, em momento algum você deseja por mais realismo ou mesmo por uma quantidade menor de absurdos. Na verdade, quanto mais fantasia aparece na tela, mais você quer que surja depois das próximas curvas.

Para quem não sabe, Split/Second é um jogo de corrida estilo arcade desenvolvido pela Black Rock Studio, uma empresa subsidiária da Disney Interactive Studios, que faz o papel de distribuidora. Como é normal em jogos arcade, o realismo é sacrificado em nome da diversão — algo que realmente ocorre neste título.

Mas dizer que Split/Second é apenas um jogo de corrida é injusto. É preciso dizer também que possui ação. Muita ação. Ação exagerada, na verdade, de forma que poderíamos facilmente substituir sua tag principal no Baixaki Jogos de “Corrida” para “Ação”. E ainda assim estaríamos absolutamente certos, pois esse não é um jogo convencional.

Para quem está familiarizado com o cinema, imagine um filme de Jerry Bruckheimer e dirigido por Michael Bay. Para facilitar, aqui vão dois exemplos: Armageddon e Pearl Harbor. Dá para entender o estilo da coisa? Então, explosões não faltam nesse game da Black Rock, e a adrenalina não para nem mesmo por uma fração de segundo.

O objetivo do jogo ainda é o da maioria dos títulos de carros: vencer a corrida. O que existe de diferente é a forma como isso é feito. Ao invés de depender simplesmente das habilidades do piloto, o game requer também alguns instintos assassinos para eliminar os oponentes (temporariamente) da competição. Algo como um Mario Kart, só que com muito mais poder de fogo.

Você acumula poder de destruição e o utiliza para massacrar os oponentes utilizando o cenário como arma. Parece divertido? Então continue lendo, pois a coisa só vai melhorar.

Aprovado

Justificando a quebradeira

É certo que qualquer um de nós poderia inventar inúmeras histórias por trás da ação existente em Split/Second. Mas isso não significa se encaixariam bem na premissa do título. A escolha dos desenvolvedores foi a de criar um reality show fictício que se passa em cenários especificamente montados para a ação — mas que refletem cidades e locais reais — e armados para explodir.

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Com isso, transformaram também os diferentes capítulos do modo história (chamado de Temporada) em episódios, como se o jogador estivesse assistindo a uma competição travada pelos pilotos. E a coisa não para por aí: troféus adquiridos ao longo das partidas se tornam adesivos que aparecem no carro, aumentando ainda mais a interação entre os sistemas de jogo e a ficção da franquia.

Sem falar na possibilidade de que existam novas temporadas do reality show, assim como ocorre com seriados de verdade...

Preparado para explodir

O cerne da jogabilidae é algo que 99% dos jogadores apreciam em um video game: explosões fenomenais. Não importa se um carro não explode em mil pedaços quando atinge uma pedra; aqui ele explode, e o usuário vibra quando isso acontece como se tivesse acabado de fazer um gol! Afinal de contas, quem é que nunca teve vontade de detonar o adversário quando está perdendo uma corrida. A diferença agora é que ao invés de bater no controle do amigo, você faz com que seu carro bata na parede.

Pode parecer algo simplista demais para ser a característica que define o produto, mas a coisa é realmente empolgante. Corrida após corrida, você sempre tentará, incansavelmente, atingir os adversários no momento exato para causar o maior estrago possivel — e, quem sabe, até mesmo mudar o traçado da pista para conseguir cortar caminho!

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O mais sensacional é a grandeza dos eventos. Alguns são tão simples quanto bombas em um caminhão de gasolina ao lado do circuito, que explode ao ser ativado. Outros incluem a destruição monumental de uma represa inteira, que faz com que água caia aos montes e os pilotos devam trocar de caminho para não caírem de um penhasco.

Nem mesmo os céus são seguros, já que é possível invocar acidentes de aviões que aterrissam com um estrondo em cima dos competidores; ou mesmo um trem que descarrilha da ponte acima da pista e despedaça a rua logo na frente de seu carro.

O melhor de tudo é que, mesmo após ver os mesmos eventos nas mesmas pistas inúmeras vezes, você ainda se diverte ao utilizá-los a cada vez. Isso porque não são um fim em si mesmo — e quem tentar olhar para eles desta forma pode se desapontar um pouco — e sim ferramentas a serem utilizadas para infernizar a vida dos oponentes.

Poucas coisas são mais emocionantes do que causar a explosão do carro do líder da corrida na última curva do traçado, enquanto você passa dando um “tchauzinho” para a audiência e arranca a vitória debaixo das mãos do adversário — o qual pode até mesmo ficar em último, caso perca tempo demais e o resto dos competidores esteja bem perto.

Imprevisível

“Estou a 5 segundos do segundo colocado, basta manter a boa forma para assegurar a vitória”. Errado. Um outro competidor (que, na maioria das vezes, você nem está vendo) pode acabar com a sua alegria em uma fração de segundo — daí o título do jogo. Porque tudo pode mudar em, literalmente, uma fração de segundo.

Split/Second talvez entre para a história como o jogo de corrida com o maior número de alternância de posições dos video games até então. Não importa se você está em primeiro ou em último, é sempre possível que até o final da corrida passe por todas as posições — e mais de uma vez.

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É bom notar que os eventos explosivos são, na verdade previsíveis. Eles estão dispostos em pontos específicos de cada pista que podem ser decorados. Mas não é disso que estamos falando. A imprevisibilidade vem das decisões que os outros competidores podem tomar com relação a você. Caso você decida pegar o atalho, eles podem explodi-lo. Caso não o tome, o piloto logo atrás de você pode fazê-lo e ultrapassá-lo. Mas será que ele tem poder acumulado para isso? Esse é o grande trunfo.

Grandioso

Já foi dito em outros tópicos, mas a grandiosidade do game merece ganhar seu próprio ponto positivo. Não se trata de arremessar cascos de tartaruga em outros pilotos (sem desmerecer Mario Kart, que é um excelente jogo), e sim de derrubar prédios inteiros em cima deles, causar avalanches sobre suas cabeças e arremessá-los dentro de um canyon. Pessoas com remorso podem até se sentir um pouco mal.

Modos de jogo alternativos

Img_originalNão existem só corridas em Split/Second, obviamente. Os outros modos de jogo são igualmente envolventes e emocionantes, sem deixar a desejar com relação ao principal. Em “Survival”, você deve desviar de galões explosivos que caem de caminhões enquanto os ultrapassa. Parece simples, mas a ação é extremamente caótica, especialmente online.

Já em “Air Attack” ou “Air Revenge”, um helicóptero insano está tentando atingir o seu carro com mísseis, e é preciso desviar deles. No primeiro caso, o objetivo é acumular pontos, enquanto no segundo é preciso acumular poder de destruição para revidar e refletir os projéteis de volta à aeronave, para destruí-la.

“Elimination” é o modo em que o último colocado é eliminado. Após um tempo inicial de 60 segundos, o pior posicionado explode e a cada 20 segundos depois disso é a vez de mais um. Nesse, a briga para sair da zona de perigo é simplesmente implacável, e o desespero toma conta em mais de um momento.

Já o "Detonator" uma espécie de time attack em que é preciso bater o tempo enquanto corre sozinho, ao mesmo tempo em que desvia das explosões causadas automaticamente através do cenário. Esse é um dos melhores jeitos de descobrir os principais eventos disponíveis nas pistas, já que quase todos são ativados conforme o jogador passa por eles.

Ridiculamente divertido em multiplayer

Poucas outras análises me divertiram tanto no multiplayer quanto Split/Second o fez, e nenhuma delas foi com jogos do mesmo gênero — se não me falha a memória, eram Demon's Souls e New Super Mario Bros. Wii. Ou seja, esse é um jogo que realmente brilha quando alguém pega o segundo controle; ou quando você se conecta à internet.

Em primeiro lugar, nada de cooperação. Todos são inimigos, e é preciso eliminá-los da forma mais espetacular possível para atravessar a linha de chegada em primeiro lugar — ou acumular mais pontos, dependendo do modo de jogo. Ou seja, é preciso deixar a compaixão de lado e o remorso guardado para depois. É hora de sacanear todos os outros jogadores; e até mesmo de chutar quem está caído.

A diferença entre o single player e o multiplayer é óbvia: enquanto o computador frequentemente erra os Power Plays — nome dos eventos explosivos — os outros jogadores certamente não o farão. Ou seja, deslizes são imperdoáveis. Se você tentar pegar um atalho minado, as chances são imensas de que alguém irá puni-lo pela decisão. E, embora você queira morder o controle do video game na hora, a sede de vingança fará com que continue correndo.

O game suporta até dois jogadores em tela dividida, localmente, ou oito jogadores através do modo online. Jogar em duas pessoas já é bastante divertido, já que os outros seis lugares são preenchidos pela inteligência artificial, mas o modo online de oito pessoas é realmente o ponto alto — é tanta ação rolando na tela ao mesmo tempo que por vezes fica difícil discernir o que está acontecendo.

Bonitão

O jogo está longe de ser perfeito graficamente. Existem várias falhas que podem ser observadas se analisarmos minuciosamente a tela — e isso é especialmente verdadeiro quando pessoas que estão assistindo comentam sobre elas — como pedaços de destroços desaparecendo, queda de frames e outras coisas mais.

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No entanto, o visual impressiona. É impossível não exclamar alguma coisa ao ver as explosões pela primeira vez. Além do mais, quem está jogando deve se preocupar com tanta coisa rolando ao mesmo tempo (literalmente rolando, em alguns casos) que os pequenos problemas passam despercebidos.

Os gráficos são bonitos o suficiente, no geral, para que proporcionem uma experiência coesa, estável e extremamente agradável, ao mesmo tempo em que suportam uma quantidade absurda de elementos se movendo na tela ao mesmo tempo. O simples fato das quedas de frames serem algo absurdamente raro já é uma vitória e tanto. Quantos outros games podem dizer que aguentam uma torre caindo ao lado de um avião se espatifando e uma ponte ruindo sem prejudicar a experiência de uma corrida de carros?

Reprovado

Inteligência artificial

Tudo bem que os carros controlados pela inteligência artificial não precisam ser perfeitos; ia ser chato explodir a cada vez que passássemos por um evento. Mas também não precisa ser tão ruim. Na maioria das vezes é possível evitar ou controlar o carro após a ativação de um Power Play por parte do computador — algo que causa um choque bastante grande ao mudar para o multiplayer.

Além disso, o computador nunca pode tomar decisões tão boas quanto o ser humano, especialmente em um jogo que depende vitalmente de usar as ferramentas certas na hora certa. Às vezes não é lucrativo para um determinado piloto controlado pela IA alterar o traçado da pista, mas ele o faz mesmo assim apenas porque sua barra de poder está cheia.

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Sistema de formação de partidas multiplayer

Enquanto o multiplayer em geral é excelente, o sistema para jogar online poderia ser melhor. A única opção do usuário é criar ou entrar em um lobby, e subsequentemente convidar amigos para participar. O tempo de espera é razoavelmente longo, pois caso você entre em uma sala cuja corrida está em curso, deverá esperar que ela acabe.

Vale a pena?

Tudo considerado, Split/Second é um jogo fenomenal. Ele pega um gênero amado pelos fãs (corrida), insere doses sobrecarregadas de algo que eles também adoram (ação e explosões) e junta tudo em uma mistura realmente agradável. O resultado não poderia ser outro: um dos jogos de corrida mais divertidos desse primeiro semestre, provavelmente do ano e quem sabe de todos os tempos — dependendo do que for feito em termos de DLCs e afins.

Um dos redatores aqui do Baixaki (o Wikerson, para vocês que acompanham individualmente cada um de nós) comentou que o jogo é praticamente um simulador de dublês. Embora a premissa não seja essa, o sentimento que se tem ao jogá-lo chega bem perto disso, e a expressão é certamente bastante adequada para o que vemos na tela!

É preciso exaltar um jogo que empolga até mesmo quando o redator está escrevendo a análise dele, e Split/Second é um desses. As únicas pessoas que podem não gostar do título são aquelas que prezam pelo realismo na pilotagem de carros de corrida. Mas a grande maioria dos gamers irá adorá-lo.

Se jogos de corrida não são muito a sua praia, ainda assim aconselhamos que alugue o jogo para dar uma olhada. É quase impossível se arrepender — quase, pois sempre existem exceções, como os malucos que consideraram Gladiador um filme ruim!


fonte.http://www.baixakijogos.com.br/xbox-360/splitsecond/analise

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