
Rally e visões espetaculares ilustram o segundo título da série DiRT
De todas as desenvolvedoras que se aventuraram pelos consoles de nova geração, a Codemasters foi uma das que mais tentou elevar o aspecto técnico das corridas, com mecânicas novas de direção e presença de danos reais. Com Race Driver: GRID, a ambientação deu um salto para o mundo do asfalto e da alta velocidade, exibindo gráficos estonteantes.
DiRT 2 volta às corridas off-road e ao rally, mas desta vez com uma estrutura novinha em folha. Ao começar o game, você assume o papel de um corredor em busca de fama, tendo o apoio de outros célebres pilotos — como Travis Pastrana e Ken Block — e contando com um carro especial, que pertenceu a Colin McRae.
Já com passaporte aberto para os circuitos, seu personagem ganha experiência (que abre portas para circuitos e campeonatos mais avançados) e dinheiro a cada vitória, tendo a oportunidade de adquirir máquinas ainda mais possantes.
Os eventos são compostos por disputas em circuitos fechados — com as mais variadas classes de veículos e até mesmo circuitos noturnos —, provas de rally (com direito a navegador no banco de passageiros) e provas contra o tempo, novas na franquia, nas quais você deve seguir o trajeto da melhor forma possível, esmagando caixotes amarelos que adicionam segundos ao seu tempo restante.
Na teoria a coisa pode parecer um tanto simplória, mas não se preocupe, porque o que não falta neste título é emoção, diversidade e conteúdo.Aprovado
Imersão do início ao fim
O primeiro DiRT já deu show com sua interface, mas a continuação merece ainda mais elogios. Se você não baixou a demonstração, saiba que o sistema de navegação é feito em primeira pessoa, com o seu personagem pulando de dentro do trailer direto para os eventos, passando com muito mais convicção a sensação de competição.
Este sistema, além de belo, ainda mascara com maestria as telas de carregamento, mostrando trajetos das pistas, pontuações, itens ganhos e muito mais. Quem quiser ainda pode brincar de leve com a câmera, dando zoom nos objetos com os gatilhos e virando-a com o analógico esquerdo.
Um jogo de peso
A sensação de que os carros estão flutuando na pista (crítica de muitos frente ao primeiro DiRT) praticamente desapareceu, estando presente só em algumas corridas com carros maiores. No lugar dela, a Codemasters inseriu um sistema de direção que realmente é influenciado pelo peso dos carros.
Ao pilotar pelas pistas, você realmente verá carros com traseiras maiores deslizando e buracos impactando diretamente a resposta do carro. Neste sentido, a vibração é ponto crucial para a experiência do game, refletindo ainda melhor as ondulações da pista que já são visíveis aos olhos.
Ambientes vivos
Nada de fotografias ao fundo. Pelo menos até onde pudemos observar, cada elemento do cenário de DiRT 2 é tridimensional, contando com iluminação e texturas de ponta, a exemplo das montanhas e das próprias construções no Marrocos (que, aliás, servem como variações excitantes para os trajetos, com pistas muito estreitas).
Estes fatores, somados à vegetação densa que cobre cada parte do solo e aos filtros de iluminação, criam alguns dos gráficos mais belos já vistos em jogos do gênero. O resultado é uma experiência memorável em todos os sentidos.
Todos estão convidados
O novo título da franquia acompanha uma boa gama de níveis de dificuldade, sendo que a mais leve delas permite uma cota considerável de deslizes, deixando que o novato se acostume aos controles e às pistas sem medo de pisar fundo.
Mas não deixe se enganar pelo parágrafo acima: em dificuldades mais elevadas a inteligência artificial fará de tudo para permanecer à frente do jogador, fazendo as curvas de modo inteligente e adotando os percursos mais curtos.
Voltando a fita
Outra característica de DiRT 2 (mais que bem-vinda) que o torna mais acessível para os novatos no gênero é o sistema de flashbacks. Com eles, caso algo dê errado na corrida, você só precisa ativar o sistema de replay instantâneo, selecionar o ponto para o qual deseja regressar e pressionar quadrado.
Depois de uma contagem de três segundos você está pronto para tentar corrigir o erro. Apenas tenha em mente que o número de vezes que você pode utilizá-los é limitado de acordo com o nível de dificuldade.
E por este mesmo sistema de replay (já conhecido de outros títulos da empresa) você confere todos os detalhes da corrida, com reflexos de lente e muito mais. Uma curiosidade: se o veículo se chocar contra a câmera, o jogador verá um corte tanto no som quanto na imagem. Haja detalhe!
Quebrando tudo
Enquanto Gran Turismo 5 e Forza Motorsport 3 competem para ver quem trará o melhor e mais completo sistema de danos dentre os simuladores, DiRT 2 entra sorrateiramente em cena, exibindo quebra total dos carros, com portas e peças voando pelos ares e deformações em toda a lataria.
O melhor de tudo é que se o jogador estiver correndo da visão interna (de cockpit) e der aquela “enchida” em um oponente ele terá a oportunidade de ver o resultado também por dentro. Sensacional!
E um aviso para os que abusam dos carros alheios na hora da curva: o impacto é pesado, refletido com desaceleração brusca, mudança de trajetória e quebra de partes, portanto nem pense em virar a mil por hora com a ajuda do “amiguinho”, nós tentamos e não deu certo...
Personalização em todos os cantos
Quem curte regular o veículo pode ativar (antes do início de cada evento) a tela de ajustes, que abrange fatores como altura do carro, suspensão, peso, sensibilidade de direção, câmbio e muito mais. Ele não é tão detalhado quanto os vistos em simuladores, mas faz toda a diferença quando bem utilizado.
E além de comprar novos carros com o dinheiro ganho nos eventos, o jogador destrava novos itens de personalização a cada nível ganho. Não são motores ou novas suspensões, mas sim pinturas, buzinas e acessórios para o painel e retrovisor.
Dados de racha ou caveiras que movem os olhos de acordo com a curva? A escolha é sua!
Reprovado
Cada um no seu canto
Se você está pensando em convidar os amigos para aquela partida na sua casa, esqueça, pois DiRT 2 não traz suporte para dois jogadores em modo splitscreen (tela dividida). E para o modo online, também não conseguimos nos conectar a quaisquer partidas, entretanto, outros usuários podem obter diferentes respostas dos servidores, já que cada conexão da internet se comporta de modo diferente.
Quero mais!
Com apenas o seu carro na pista (para os modos contra o tempo), o número de detalhes sobe consideravelmente, já que nas pistas de rally os ambientes são mais ricos. E, a triste notícia, é que não existem tantos deles quanto nós gostaríamos, com o foco passando mesmo para as corridas em circuitos.
O outro lado da moeda
Algumas características de DiRT 2 são realmente bem-vindas, mas possuem um pequeno impacto negativo. A primeira delas reside nos menus: embora excelentes do ponto de vista da imersão, eles prendem o jogador que quer ir direto para a corrida. Nas primeiras vezes ainda é necessário ouvir todas as dicas dos famosos.
E por mais que nós tenhamos adorado a visão interna com deformação em tempo real, não podemos deixar de observar que ela não é funcional para as corridas, pois muito da visão é restringida com teto, painel, colunas de suporte...
Vale a pena?
O modo principal conta com uma enormidade de carros, pistas e ambientações, evitando que o tédio chegue cedo. E para tornar tudo ainda melhor, entra a personalização dos elementos. Você pode achar bobo, mas certamente gostará dos brinquedos e pinturas que destravará!
A franquia também está muito mais acessível aos novatos, com os recursos de regressar no tempo e com os diversos ajustes de dificuldade. Apenas tenha em mente que o sistema antigo de Colin McRae (no qual os carros deviam ser reparados a cada corrida) não está mais presente, favorecendo uma experiência mais Arcade.
Se você curte corridas off-road, não tenha dúvidas: DiRT 2 é compra certa, tanto no PlayStation 3 quanto no Xbox 360.
fonte.http://www.baixakijogos.com.br/xbox-360/dirt-2/analise

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