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O melhor jogo de super-herói em muitos anos!
É nesse cenário um tanto inóspito — habitado por um público devidamente vacinado contra qualquer coisa que envolva um sujeito com a cueca por cima das calças e video games — que foi anunciado, inicialmente de maneira singela, Batman: Arkham Asylum. Mas a diferença aqui, em relação aos fracassos anteriormente citados, não demora muito a aparecer.
Em primeiro lugar, pela originalidade. Com Hollywood ainda vivendo os ecos do sucesso avassalador de Batman: O Cavaleiro das Trevas, muita gente esperava que Arkham Asylum fosse mais um subproduto inflamado, com produção medíocre, e cujo único propósito seria gerar mais proventos em um “símbolo” (conforme denomina o próprio Bruce Wayne em Batman Begins) reavivado pelas películas recentes.Longe disso. Arkham Asylum parece lançar mão de diversos elementos que construíram a imagem do herói ao longo dos anos, e sempre de forma magistral. Por parte do cinema, têm-se os cenários lúgubres, misteriosos e cheios de nevoeiro, em uma visão concebida brilhantemente nos filmes de Tim Burton — mas não iniciada por ele, vale lembrar.
Mas, ao mesmo tempo, existe também um Batman menos deus: um herói que não necessariamente está no controle, que se machuca, que encara vilões particularmente encarniçados e que, de maneira geral, demonstra traços de humanidade mais evidentes. Essa é a fatia — e realmente não vai muito além disso — Christopher Nolan que se pode encontrar em Arkham Asylum.
Mas, sim, Batman tem sua origem e nicho mais familiar nos quadrinhos. E certamente existe aqui um sem número de pistas, informações e personagens que terão significado especial para quem acompanha o herói há tempos. A propósito, o próprio Arham Asylum é lugar recorrente nas HQs. E, como já era de se esperar, é precisamente lá que tudo começa...
Direto para uma armadilha
Sim, Batman Arkham: Asylum é, essencialmente, um jogo de ação. Mas as primeiras cenas do jogo já dão indícios de que a Rocksteady Studios não tem apenas a ação em mente, mas também uma história densa e envolvente.
Aparentemente, o Coringa foi, por fim, capturado. Naturalmente, ele é então conduzido para o único reduto minimamente adequado para encarcerar super-vilões: o sanatório Arkham, que, no momento, atravessa um período bastante feliz no que concerne a pesquisas científicas, e cujo diretor pode, eventualmente, se tornar o próximo prefeito de Gotham City.
Mas algo não parece certo. O Coringa se rendeu muito facilmente, e parece absolutamente alheio à sua situação, fazendo piadas e falando as bobagens usuais conforme atravessa totalmente amarrado as várias portas que isolam os alienados de Arkham. Seguindo de perto, o Homem-Morcego pressente algo.
A introdução se arrasta então por alguns minutos, onde se pode ter os primeiros vislumbres da magnífica ambientação de Arkham Asylum, além de conferir em primeira mão o tipo de algoz que você, como Batman, vai encarar pela frente. A um dado momento, conforme já era imaginado, o Coringa consegue escapar e assumir o controle de Arkham, anunciando a todos os presentes que eles acabam de cair em uma armadilha.
O pesado e poderoso Gólem entra em ação
Planos maquiavélicos devidamente desfraldados, é hora de experimentar um pouco de ação em Arkham Asylum. E, quer saber? Dificilmente você vai encontrar outro jogo em que os movimentos do Homem-Morcego estejam tão familiarmente recriados, golpe a golpe, pulo a pulo, combo a combo.
Tal qual um Gólem — ser mítico que, segundo Christopher Knowles em seu livro “Nossos Deuses são Super-heróis” deu origem ao conceito inicial do herói —, o Batman de Arkham Asylum traz movimentos ao mesmo tempo pesados e vigorosos, mas também ágeis e, sobretudo, eficientes.
fonte. http://www.baixakijogos.com.br/xbox-360/batman-arkham-asylum/analise


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